Créditos Pessoais

Apertou? Confira Formas de Conseguir Crédito Pessoal

Há várias alternativas de empréstimos pessoais no mercado, como leasingconsórcio, cartão de créditocheque especial e até o pouco utilizado desconto de notas promissórias. Existem também linhas de crédito específicas, como o crédito educativo e o crédito imobiliário, talvez o mais fundamental de todos os financiamentos — ambos apresentados nas próximas páginas.

Empréstimo Pessoal

Depois do cheque especial, esse é o tipo mais simples de empréstimo que você encontra em um banco. Trata-se de uma soma de dinheiro que você solicita em uma agência bancária e obtém em um ou dois dias, após a verificação de seus dados pessoais e a avaliação do seu risco — alguns bancos já estão concedendo o crédito na hora.

Chamado em alguns bancos de crédito pessoal parcelado(CPP), o tipo mais conhecido é o que trabalha com juros prefixados. Algumas instituições começam a tornar o Empréstimo Pessoal um crédito pré-aprovado, voltado para clientes de bom histórico. É um financiamento que fica à disposição do cliente e pode ser solicitado por telefone, Internet ou pelos caixas eletrônicos. O débito das prestações é feito automaticamente na conta corrente.

Você deve avaliar um Empréstimo Pessoal sob três perspectivas:

  • Juros. Esse tipo de crédito é geralmente contratado com juros prefixados. As taxas são normalmente mais baixas quando comparadas com outras linhas de financiamento, pelo fato de os clientes serem conhecidos e até “escolhidos” pelo banco, oferecendo menor risco de inadimplência.
  • Prazo. Não há limites de prazo definidos, mas a quitação da dívida é feita normalmente entre dois meses e dois anos.
  • Garantias. O banco costuma garantir esses empréstimos com notas promissórias que o cliente assina quando recebe o dinheiro. As notas têm de estar preenchidas, com o valor que o cliente deve pagar. Na hipótese de um Empréstimo Pessoal pós-fixado, o banco pode emitir uma nota promissória no valor principal da dívida e, posteriormente, uma Letra de Câmbio com a diferença.

Crédito Direto ao Consumidor (CDC)

Diferentemente do Empréstimo Pessoal, o CDC está ligado diretamente à aquisição de um bem, como um carro, um eletrodoméstico ou um microcomputador, por exemplo. Esse bem é dado em garantia à instituição financeira. As taxas de juros variam de acordo com o bem — se for mais fácil de revender, a taxa é menor; se for difícil, a taxa aumenta. Isso se explica porque, em caso de não-pagamento, a instituição retoma o bem e o revende.

O CDC é concedido tanto por bancos — para clientes e não-clientes — como por financeiras que atuam no balcão de lojas ou de concessionárias de automóveis. Pode ser pré ou pós-fixado. Os prazos de pagamento também variam de acordo com o bem.

Ao escolher, analise esses pontos:
• juros. As taxas de juros relativas a bens de grande valor, como automóveis, costumam ser mais baixas. Nessas operações, às vezes é mais importante saber quanto você vai pagar e por quanto tempo do que propriamente a taxa de juros.
• prazo. O prazo do financiamento varia geralmente de 2 a 24 meses.
• garantias. Aqui, a garantia geralmente é o produto que está sendo adquirido, mas também pode ser uma nota promissória ou, em menor grau, uma Letra de Câmbio em nome do cliente.

Notas Promissórias

É bem pouco comum, mas os bancos também oferecem empréstimos pessoais por meio de desconto de notas promissórias (NP). Ou seja, o banco emite uma nota promissória, faz o desconto, repassa o dinheiro e você paga o valor original da NP no prazo combinado.

Mas atenção: os créditos pré-aprovados e os créditos ao consumidor costumam oferecer juros menores do que as linhas que utilizam desconto de notas promissórias.

Crédito Educativo

O governo federal tem um programa que visa ajudar estudantes de baixa renda a pagar seus estudos superiores. Trata-se do Financiamento Estudantil (FIES), gerido pelo Ministério da Educação (MEC). É repassado principalmente pela Caixa Econômica Federal desde 1975 e sofreu uma grande reformulação em 1999.

De acordo com as regras desse programa, é possível financiar até 70% do valor da mensalidade do curso. A cada trimestre paga-se ao banco uma prestação que, no final, será descontada da dívida total. Concluído o curso, há uma “carência parcial” de um ano, antes que o estudante tenha de começar a pagar o empréstimo — é parcial porque o aluno tem de pagar ao banco nesse período o que pagava à faculdade no último semestre cursado.

Pode concorrer a esse crédito todo estudante brasileiro, nato ou naturalizado, que esteja matriculado numa faculdade ou universidade não-gratuita. Mas deve ser uma instituição avaliada positivamente pelo Provão do MEC ou ainda não avaliada. Instituições de ensino que receberam avaliação negativa no Provão não são consideradas.

As inscrições devem ser feitas na própria faculdade; não é preciso ir a uma agência da Caixa Econômica Federal. Quem for selecionado assinará um contrato com o banco, que será renovado semestralmente, até a conclusão do curso de graduação.
• juros. Sobre o valor do crédito incide uma taxa de juros prefixada de 9% ao ano (em meados de 1999) sem correção monetária. O Conselho Monetário Nacional pode alterar essa taxa de juros. Esse é um dos financiamentos mais baratos do mercado brasileiro.
• prazo. O prazo de pagamento é de uma vez e meia o período de utilização do crédito. Quer dizer, se você tomou o crédito e foi financiado durante os quatro anos da faculdade, terá seis anos para pagar o financiamento, além do ano de carência parcial.
• garantias. Os alunos que receberem o crédito educativo precisarão indicar um avalista para o empréstimo — que pode ser o pai — ou dar algum bem em garantia. É uma forma de o banco garantir o recebimento do empréstimo após o término do curso. As faculdades também são responsáveis pelo empréstimo: elas se comprometem com um percentual do risco. Em outras palavras, se um aluno der o calote, a faculdade paga uma parte ao governo.

Penhor

Ainda hoje é possível colocar jóias ou bens valiosos no “prego” para obter crédito barato — com juros de cerca de 3,5% ao mês. Somente a Caixa Econômica Federal faz operações de penhor, aceitando principalmente jóias de ouro, prata, platina e diamante, equipamentos como câmeras fotográficas, filmadoras e aparelhos de videocassete, além de instrumentos musicais, que entram como garantias reais, o que explica os juros menores.

Depois que seus especialistas determinam o valor da mercadoria, a CEF empresta até 80% do total, sendo descontados os juros e um seguro para o que foi empenhado. Em geral, os prazos de pagamento são de 28, 56 ou 84 dias, podendo ser renovados, se os juros mensais forem pagos. Mas, se até 30 dias depois do vencimento a dívida não for quitada, os bens vão a leilão. Nem todas as agências da CEF realizam esse tipo de operação. Informe-se antes de procurar uma delas.

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